sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vale a pena?

Pergunto eu, vale a pena?
vale a pena o esforço quando no fim acaba tudo por ser ignorado?
Se fôr para ser humilhado, não sei se valerá o esforço.
Vou continuar a acreditar que sim.

Até algum dia.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sou o fantasma de um rei

Sou o fantasma de um rei
Que sem cessar percorre
As salas de um palácio abandonado...
Minha história não sei...
Longe em mim, fumo de eu pensá-la, morre
A ideia de que tive algum passado...

Eu não sei o que sou.
Não sei se sou o sonho
Que alguém do outro mundo esteja tendo...
Creio talvez que estou
Sendo um perfil casual de rei tristonho
Numa história que um deus está relendo...

Fernando Pessoa

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Erro

O sistema "Pedro 1.0" deu erro fatal.
Motivo: Sobrecarga de pequenos erros em várias áreas fulcrais do sistema.

Por favor reinicie o computador.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Empurrado

Até para comentar preciso de incentivo...Não que seja algo de relevante.

Simplesmente sinto (entender-me-às tu)
não consigo sequer dizer nada que faça evoluir
Falta poder, falta querer, falta sonhar

Mas eu quero querer, poder, sonhar...demais
Posso?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Apontamento

A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.

Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.

E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.

Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?

Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.

Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.

Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.

Álvaro de Campos

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Plágio

Até o nome deste blog foi "inspirado" directamente de um outro muito parecido (mas com melhor qualidade).

Para que se veja o tamanho da inspiração.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Fazendo de conta

Fingir que acredito que alguém lê,
Fingir que sei alguma coisa;
Fingir que sei escrever.